O
Livam era mudo
Com
ele éramos quatro
Que
morávamos perto
Quase
um ao lado do outro
Vivíamos
juntos
Fazendo
o que nos era agradável
E
assim percebíamos possível
O
mundo do jeito que então se mostrava
Se
chovia contávamos histórias
Cada
qual tinha a sua
Um
que dizia três escutavam
Enquanto
a chuva caia lá fora
Esse
era o dia
Que
o Livam mais gostava
Quando
à hora chegada
Era
escolhido pra subir no tablado
Ali
a palavra se transformava
O
lobo surgia cheio de astúcia
A
inocência vestia a menina indefesa
E
se a floresta era escura
Nós
todos temíamos
Que
o Livam também se perdesse
O
Livam era mudo
E
ninguém entendia o que ele calava
Para
nós o Livam falava de tudo
Certo
de ser entendido
Com
a boca fechada
Com as palavras que ele sabia
Com as palavras que ele sabia
Nenhum comentário:
Postar um comentário