quarta-feira, 10 de maio de 2017





















Secam as fontes
com a sede das Bolsas
o capital se acumula
e os detritos enchem os rios

Códigos se multiplicam
florestas encolhem
o óleo se espalha
sobre a superfície marinha

Havia uma trilha
subia-se um morro
ouvia-se um pássaro
serpenteava o riacho

Um poço profundo
no meio da mata
um pântano repleto
de samambaias e sapos

Tudo isso nas telas
é como se fosse
as Companhias enterram
e edificam monturos

Grupos se agigantam
subjugam os Estados
amealham a riqueza
e impunemente destroem o planeta

Escasseiam os recursos
restringem-se os direitos
dissemina-se o ódio
potencializa-se o lucro e a miséria

Nas água oceânicas
de pacíficos atlânticos índicos
um iceberg flutua
à espera do Titanic

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