Dos signos que demarcam o tempo
Abril é deles o mais belo
Por suas brilhantes manhãs
Pelo verde que ainda resiste
Pelas tardes incertas
Que às vezes tão quentes
De repente esfriam
E uma brisa quase gelada
Suavemente anuncia
O inverno que se aproxima
Em abril me parece
Que tudo começa
Que tudo termina
Que aí prevalece o tudo e o nada
O resto são outros meses
Que também fazem parte
Que têm lá sua graça
Suas previsíveis promessas
Passam discretos
Sem a mesma beleza
Que nos deixa atônitos
Como olhos de orvalho
Que um dia encontramos
E jamais saberemos
Para onde se foram
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