segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
As possibilidades humanas estão se esgotando
deixamos aos poucos de alimentar nossas raízes
distraímos consumindo tecnologias
e nos confundimos desprezando o que faz sentido
Perante as telas e o automatismo
consagramos sem percebermos
programas,áudios e vídeos
os novos ícones da era em que vivemos
Pensamos apenas o necessário
para o bem da nossa sobrevivência
para manutenção de um suposto conforto
e de uma estabilidade que presumimos eterna
A todo momento somos incomodados
pelos conflitos e pela tragédias
mas permanecemos imersos num sono profundo
na descoberta de um novo brinquedo
Sem qualquer pretensão caótica ou profética
são meras considerações poéticas
diante de águas cristalinas que escorrem
debaixo da sombra de uma figueira centenária
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