Olha o menino
como se cansa
olha o moço
como entristece
o tempo não cessa
o tempo não cessa
olha mudança
como se apressa
olha a vizinhança
como desaparece
o tempo não cessa
o tempo não cessa
olha a sombra
agora imensa
olha a rua
agora deserta
o tempo não cessa
o tempo não cessa
olha a morte
como trabalha
feito navalha
de corte afiado
deitando abaixo
todo cabelo
deixando o rosto
todo mudado
despedaça-se no espelho
a última imagem
o tempo não cessa
o tempo não cessa
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